Comércio encerrado e ruas desertas. Um cenário inimaginável até há uns meses atrás. Este sábado cumpriu-se o primeiro dia de recolher obrigatório das 13 horas às 5 horas nos 114 concelhos de risco elevado de transmissão da Covid-19. Os portugueses responderam ao apelo feito pelo primeiro-ministro.
Terminados os protestos que tiveram lugar no Rossio, em Lisboa, a cidade ficou deserta. E isso mesmo confirmou a PSP, numa operação feita noite dentro no Bairro Alto e Cais do Sodré.
"Não havia nenhum estabelecimento que estivesse em incumprimento das normas que estão agora em vigor no estado de emergência", disse à Lusa o subcomissário Mendonça, da Polícia de Segurança Pública (PSP), sublinhando que "o movimento era inexistente".
O cumprimento do recolher obrigatório tem sido constatado pela PSP em várias operações de fiscalização conduzidas este fim de semana.
Na tarde de sábado, entre as 16h00 e as 18h30, uma operação na entrada da ponte 25 de Abril, no sentido Lisboa-Almada, detetou apenas duas situações de violação do recolher obrigatório, entre as 220 viaturas fiscalizadas. Segundo fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, os condutores foram encaminhados para as suas residências.
A Norte, a região mais afetada nesta altura pela pandemia, o recolher obrigatório também foi acatado, como atestam as imagens da galeria acima. Cidades como Porto, Matosinhos,Vila Nova de Gaia e Braga ficaram 'despidas' de gente.
Hoje, o país volta a recolher mais cedo. Uma regra que se vai repetir, pelo menos, no próximo fim de semana.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23h00 e as 5h00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13h00 de sábado e as 5h00 de domingo e entre as 13h00 de domingo e as 5h00 de segunda-feira.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.305.039 mortos resultantes de mais de 53,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.305 pessoas dos 211.266 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
