"O que tem sido anunciado e tem sido trabalhado com o Ministério da Administração Interna passará não pela absorção, mas pela fusão entre a PSP e o SEF", afirmou Magina da Silva, depois de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, após dias de polémica em torno da morte de um cidadão ucraniano nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, em março.
O diretor da PSP disse ter "proposto, de forma muito direta", e que abordou o assunto "com o senhor Presidente", que a PSP seja extinta e o SEF extinto.
"E surge uma polícia nacional, como, aliás, acontece em Espanha, França e Itália", descreveu.
A hipótese de extinção do SEF a transferência de competências para a PSP e GNR foi noticiada nos últimos dias pelo semanário Expresso e diário 'on-line' Observador e não teve qualquer comentário da parte do Governo.
Hoje, o primeiro-ministro, António Costa, evitou falar sobre a matéria e remeteu esta questão para mais tarde.
Questionado se via com bons olhos esta mudança nas polícias, Magina da Silva disse que a PSP é "uma força de segurança que cumpre com o quadro legal que os decisores políticos e o legislador assim entenderem".
"Cá estaremos para tratar de mais este desafio" para os agentes da PSP e do SEF, acrescentou, e prometeu acolher bem no seio da nova polícia os agentes dos serviços de fronteiras.