"Logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção"

O primeiro-ministro, António Costa, avisou hoje que "logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção", o que motivou o Governo a ter que puxar "o travão de mão" para a Passagem de Ano.

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Lusa
17/12/2020 21:23 ‧ 17/12/2020 por Lusa

País

António Costa

Numa conferência de imprensa feita inteiramente por videoconferência -- uma vez que está em isolamento profilático preventivo --, António Costa explicou os motivos que levaram o Governo a cumprir o "contrato de confiança" com os portugueses em relação ao Natal, mantendo aquilo que foi acordado.

"Perante o estado que em estamos hoje da pandemia, logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção. Todos temos a consciência que por maiores que sejam os cuidados que as famílias tenham, necessariamente vai haver um aumento das infeções após o Natal", sustentou.

Como "repetidas vezes têm dito vários dos nossos epidemiologistas", explicou o primeiro-ministro, "quanto mais alto" for o patamar de onde se parte "maior será a dimensão da onda" e, para se "evitar um grande crescimento de uma onda em janeiro", é preciso, logo a seguir ao Natal, "adotar medidas".

"Felizmente não é necessário puxar o travão de mão para o Natal naquela confiança que tenho que todas as famílias farão o esforço de se organizarem para termos um Natal com cuidado, mas esse travão de mão teve que ser puxado para a passagem de ano e acho que este é o equilíbrio certo que é permitir maior liberdade do Natal e depois termos que ter maior contenção na celebração do ano novo", defendeu.

António Costa recordou as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje sublinhou o conjunto destas regras que têm vindo a ser adotadas são definidas "com base num contrato de confiança com os portugueses".

"E aquilo que nós dissemos foi que era fundamental conseguirmos fazer todo um esforço coletivo para reduzir a pandemia e conter a pandemia para que pudéssemos celebrar o Natal com as nossas famílias", lembrou.

Assim, e apontando que a evolução pandemia mostra que Portugal tem continuado a reduzir o número de novos casos por semana, o número de internados e o número de internados em unidades de cuidados intensivos, o chefe do executivo afirmou: "acho que devemos cumprir o contrato e devemos manter aquilo que acordamos com os portugueses relativamente ao Natal".

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