O jurista Medina Carreira, na noite desta segunda-feira, no seu habitual comentário na TVI 24, comentou o sistema de ensino português que descreveu como “a pior obra do 25 de abril”.
O comentador afirmou que “no nosso País, há pouca disciplina, pouca concorrência e nunca se devia ter acabado com o ensino técnico”.
“Antigamente, com nove anos de escolaridade, tinha uma profissão, era especialista em alguma coisa, agora, no final do nono ano, os alunos não só não sabem fazer nada como saem de lá sem saber ler, escrever e contar”, comentou.
Para o ex-ministro das Finanças, “Portugal não devia fazer políticas a brincar, para os ingleses verem, devia apostar num ensino exigente, que ensine realmente”.
Henrique Medina Carreira afirmou que “o 12º ano só é importante caso se queira seguir realmente para a universidade, e em vez disso, deviam produzir-se os sujeitos que são realmente precisos na sociedade e que não se encontram, como é o caso dos mecânicos, eletricistas e canalizadores”.
O jurista concluiu um dos temas do debate do programa 'Olhos nos Olhos', afirmando que “os jovens não querem pensar, mas o problema não é das pessoas, é do ensino, que não serve ao País que temos. Temos muita gente licenciada que não tem o que fazer e a culpa é do ensino, que está muito fora dos eixos”.