Cabo Delgado. "Passos dados já foram positivos. Mas são insuficientes"

O secretário-geral da União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa alerta para a gravidade da situação vivida em Pemba, em Cabo Delgado, e reiterou a urgência de "pôr termo" à violência na localidade.

Notícia

© Global Imagens

Notícias ao Minuto
30/03/2021 18:37 ‧ 30/03/2021 por Notícias ao Minuto

País

Vítor Ramalho

Vítor Ramalho, secretário-geral da União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa (UCCLA), considerou, esta terça-feira, que a comunidade internacional pode fazer mais para contribuir para o fim da violência em Pemba, capital da região de Cabo Delgado, em Moçambique.

"Isto atingiu uma dimensão muito séria. É urgente pôr termo. (...) Os passos que foram dados já foram positivos. Mas são ainda insuficientes nos relatos que oiço", referiu o responsável, em declarações à RTP.

Vítor Ramalho enviou hoje uma carta dirigida aos presidentes das cidades associadas da UCCLA, na qual sugere a realização de uma reunião por videoconferência para serem ponderadas eventuais medidas para travar os grupos armados. 

"Há um frémito súbito de reação de todos os homens e mulheres de boa vontade que podem conduzir à recriação de condições para que situações deste tipo em Cabo Delgado tenham um fim", considerou. 

O secretário-geral da UCCLA aproveitou ainda o momento para sublinhar que os grupos armados responsáveis pelo momento de crise vivido em Pemba, neste momento, são pessoas "sem ideologia porque semeiam a morte e semeiam a morte indiscriminadamente".

"O objetivo desses homens armados é a devastação e a criação de terror", alertou. 

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Segundo as Nações Unidas, "dezenas de civis terão sido mortos e os confrontos entre grupos armados não-estatais e forças de segurança estão alegadamente em curso, pelo sexto dia consecutivo, de acordo com relatórios de várias fontes", na sequência do recente ataque de grupos armados a Palma no passado dia 24.

A violência em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas ações já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.

Leia Também: Navio com cerca de mil deslocados de Palma ruma a Pemba

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas