"A Universidade Lusófona, até hoje, não nos fez um telefonema, a ver se era preciso um psicólogo para nós pais, familiares". Esta foi apenas uma das críticas que o pai de Tiago Campos, um dos seis estudantes que perdeu a vida, no passado dia 15 de dezembro, na praia do Meco, dirigiu à instituição de ensino, indo ainda mais longe ao afirmar: "Penso que João Gouveia remeteu-se ao silêncio a mando da Universidade Lusófona".
José Carlos Campos, que falava ontem à noite em entrevista ao Jornal das 8 da TVI, deixou bem claro que, "doa a quem doer", irá "até onde for preciso" para "saber a verdade". Aliás, se necessário for, admite recorrer Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por forma a que os acontecimentos daquela fatídica noite sejam esclarecidos.
E continuou o pai enlutado, "a cada dia que passa, o silêncio vai destruindo mais as nossas vidas [...] A gente o que quer é saber a verdade de João Gouveia", lançando o repto para que o jovem "fale a verdade" e "conte tudo de viva voz". "Se foi um acidente, como ele diz, quem não deve, não teme. E estamos à espera", frisou.
Até porque há dúvidas que continuam a subsistir, nomeadamente a de quem terá ido arrumar a casa que o grupo alugara para aquele fim de semana.
Saliente-se que os pais das vítimas já fizeram saber que irão apresentar uma queixa-crime contra o Dux da Lusófona e único sobrevivente da tragédia, a qual deverá ser formalizada na próxima semana ou no início da seguinte, isto de acordo com o que José Carlos Campos adiantou.