Lisboa, Porto e Coimbra são os três conselhos regionais que apresentam um maior número de queixas apresentadas contra advogados. A Ordem tem cerca de cinco mil processos pendentes oriundos destes três distritos.
O presidente do Conselho Distrital de Deontologia de Lisboa, Rui Santos, disse à TSF que no ano passado verificou-se um aumento do número de queixas apresentadas contra os advogados. No entanto, sublinhou que o facto de existirem “participações não quer dizer que os advogados visados tenham cometido qualquer infração”.
O dirigente explicou que os clientes apresentem queixas por diversas razões, tais como a “falta de julgamento”, o entendimento de que “há excesso de linguagem nas peças que os advogados fazem”, existindo ainda casos em que os “clientes particulares perdem os processos e depois culpam os advogados” e até queixas contra os honorários apresentados.
Em Lisboa, escreve a rádio Renascença, é feita uma média de oito participações por dia, uma situação muito semelhante à que se verifica no Porto. Nos dois distritos as queixas continuam a aumentar, ao contrário do que se passa em Coimbra, onde se registou uma estabilização.
O presidente do Conselho Distrital de Deontologia do Porto, António Ferreira de Cima, disse à TSF que a “austeridade e a situação da vida económica no país e das pessoas também levou ao aumento do número de queixas porque as pessoas agarram-se a tudo”.