Cartas trocadas entre filho e pai, acesos debates nas redes sociais, elogios e críticas. A saída de Fernando Torno de Portugal, tendo decidido emigrar para o Brasil em virtude das “condições precárias” que por aqui se oferecem à atividade artística, e expressando manifesta “desilusão” para com o seu país, tem feito correr alguma tinta.
Ora, o jornal i retoma hoje o tema, avançando que a empresa Stardust Produções, gerida pelo cantor, recebeu desde o momento da sua criação, em 2008, mais de 200 mil euros por ajuste direto.
A informação está disponível no Portal BASE – Contratos Públicos Online, indicando que a firma de Fernando Tordo terá auferido este montante pela produção de espetáculos.
Ou seja, a Stardust foi contratada por diversas entidades públicas, sobretudo, Câmaras Municipais, além de associações culturais, sendo que o pagamento de todos estes concertos foi adjudicado através da empresa que tem em Tordo o seu sócio-gerente.
Em declarações ao i, a mulher do cantor esclarece que o mesmo deu emprego a 26 músicos, “fora técnicos de som e de luz”, nos últimos anos, pelo que recebeu apenas “cerca de 10% do valor” total das adjudicações diretas.
“E mesmo que tivesse recebido 200 mil euros, que não recebeu”, assinala Eugénia Passada, “não é muito dinheiro para um período de cinco anos”.
Enfatizando que as recentes afirmações do marido em nada se prenderam com uma tentativa de “despertar pena”, concretiza: “Ele precisava de trabalho e tomou a decisão de ir para fora”.