"Seguro é líder formal do PS, mas quem manda é António Costa"

O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, disse hoje que o PS adotou um modelo de liderança bicéfala, em que o secretário-geral "tem o poder formal, mas não manda" e quem manda, António Costa, "não tem poder formal".

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Lusa
22/02/2014 20:20 ‧ 22/02/2014 por Lusa

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Aguiar-Branco

"O PS há muito que parece ter adotado o modelo bicéfalo do Bloco de Esquerda, tem um secretário-geral e um líder: o secretário-geral tem o poder formal mas não manda, o líder manda mas não tem poder formal", afirmou José Pedro Aguiar-Branco, numa intervenção perante o XXXV Congresso do partido, em Lisboa.

Mas o atual ministro da Defesa foi ainda mais concreto: "A liderança efetiva do PS reúne às quintas-feiras na Quadratura do Círculo, num programa [da SIC-Notícias] em que Pacheco Pereira faz de consultor da campanha de António Costa".

Na sua intervenção, Aguiar-Branco lamentou que o espaço mediático esteja tomado pelos "ex-qualquer coisa", dando como exemplos o ex-Presidente da República Mário Soares, o ex-primeiro-ministro José Sócrates ou o ex-bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira.

Antes, o ministro da Administração Interna Miguel Macedo disse que vencer as próximas eleições legislativas será não um desígnio partidário, mas um desígnio nacional e deixou igualmente fortes críticas ao PS.

"Nas próximas eleições legislativas, a escolha não é apenas entre quem está no poder e quem está na oposição, entre esta maioria e o PS, a escolha mais essencial a primeira opção que vamos ser chamados a fazer é se escolhemos quem levou o país à beira da bancarrota, os que meteram a 'troika' cá dentro ou, do outro lado, os que acabaram com o resgate, com a 'troika' e a ameaça de bancarrota", disse.

Personalizando, Macedo considerou que, em 2015, a escolha dos portugueses será entre, "de um lado, Pedro Passos Coelho, um político sério e corajoso que nunca virou cara as dificuldades" e, "do outro lado, António José Seguro, o líder do partido que meteu cá dentro a 'troika', que só soube criticar e nunca soube ajudar".

"Estas serão as opções que teremos de fazer (...) Vencer as próximas eleições legislativas não é um desíngnio partidário mas um desígnio nacional", disse.

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