A partida para o Brasil do músico Fernando Tordo, por estar “cansado” de Portugal, tem sido tudo menos tranquila. Esta terça-feira, o jornal i conta que a organização não-governamental (ONG) liderada pela mulher de Tordo, Eugénia Passada, pagou ao músico por dois espetáculos nos últimos meses, em Seia e Mangualde.
Falamos em cerca de dez mil euros pelos dois concertos. Mas, mais do que isso, o jornal i conta que a ACCIG recebeu 202 mil euros entre 2010 e 2011 no âmbito de fundos comunitários atribuídos pelo Programa Operacional Potencial Humano, ao abrigo do “apoio técnico e financeiro às ONG”.
Contactada pela publicação, Eugénia Passada explica que a ONG que lidera, e que tem com um dos sócios fundadores Fernando Tordo, visa promover “a participação cívica de todas as pessoas, em particular de mulheres, sobretudo aquelas que se encontram em posição de maior vulnerabilidade fase à exclusão social”.
Pelo que, acrescenta, fase a esta “importância social da promoção da igualdade de género”, “o Estado decidiu financiar projetos que cumprissem esse desígnio”, até porque, esclarece a mulher do músico, a ACCIG sempre cumpriu “rigorosamente os requisitos exigidos pela lei” e que essas candidaturas são “acompanhadas de perto” e “passíveis de fiscalização e auditoria ao longo de todo o processo” e “após o fim do mesmo durante um período de cinco anos”.
Sobre a adjudicação de concertos à empresa do marido, a Stardust, Eugénia Passada disse apenas “repudiar qualquer tentativa de instrumentalização do seu bom nome, construído com trabalho empenhado e de resultados visíveis e reconhecidos, através do uso propositadamente descontextualizado”.