“[Porque] não podemos ficar indiferentes ao que se passa”, as Associações Profissionais de Militares (APM), que incluem a Associação Nacional de Sargentos (ANS), a Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e a Associação de Praças (AP), decidiram “apoiar o Desfile da Família Militar, de âmbito nacional, que vai ter lugar no próximo dia 15 de Março de 2014, em Lisboa”.
No comunicado enviado às redações lê-se que “com a aprovação” do Orçamento do Estado para 2014, “acentuou-se a gravidade das medidas que são impostas aos portugueses, com especial relevo para os que servem o Estado e os pensionistas e reformados, incluindo, num e noutro caso, os militares”.
Além disso, destacam as APM’s, em vez de “se encontrarem soluções” que ajudem a “ultrapassar a situação dramática em que nos encontramos, avança-se no sentido inverso, agravando-se as discriminações e as desigualdades (….) contrariando o discurso do ‘sucesso’ e da ‘recuperação’” do Governo.
Uma situação que também afeta os militares. “Multiplicam-se as situações de enorme carência, com um número crescente dos que não conseguem honrar compromissos e veem os seus agregados familiares passar por dificuldades inimagináveis”, denunciam as APM’s, justificando o apoio ao Desfile da Família Militar.
O comunicado, enviado às redações, é assinado pelas direções da ANS, AOFA, e da AP, depois de a realização de uma "grande ação nacional de protesto para março" ter sido anunciada na concentração de 13 de fevereiro, também no Largo Camões, no qual, segundo a agência Lusa, estiveram presentes, mesmo debaixo de chuva, cerca de 300 militares.