Apenas 37 elementos da Assembleia da República têm direito a usar telemóveis cujas despesas associadas são suportadas por aquele órgão do Estado. Mas são cerca de 80 os que gozam deste privilégio, denuncia a edição de hoje do jornal i. Isto, quando cada um dos dispositivos representa um custo mensal de, sensivelmente, 160 euros.
Mas os gastos tidos como injustificados não se esgotam aqui.
A Assembleia da República assume as contas de casa de alguns dos seus dirigentes, nomeadamente no que aos gastos com telefone fixo diz respeito, além da atribuição de subsídio de representação a membros do Parlamento que, à partida, não teriam direito a este tipo de benesse, ou ainda, elevadas despesas extra com segurança para fazer frente a manifestações.
Confrontado pelo i com estes gastos, o gabinete do secretário-geral do Parlamento, Albino Azevedo Soares, sustenta que as despesas em apreço constituem “práticas que vêm de trás”, assegurando, porém, que as mesmas serão “objeto de revisão”.