A manifestação, que vai realizar-se entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, é promovida pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, estrutura que congrega os sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima.
O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que a manifestação vai ter uma adesão superior ao protesto de 21 de novembro de 2013, que terminou com a invasão da escadaria da Assembleia da República e com a consequente demissão do diretor nacional da PSP.
Na altura, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, classificou como "absolutamente inaceitáveis" os acontecimentos que motivaram a invasão da escadaria do parlamento, garantido que "foi uma exceção que não voltará a repetir-se".
Paulo Rodrigues acredita que a manifestação de hoje vai correr bem e que não se vai registar qualquer incidente, realçando que a subida das escadarias da Assembleia da República, em novembro, "foi simbólica".
No entanto, referiu que podem ocorrer "situações pontuais", existindo vários movimentos civis de cidadãos que também se estão a mobilizar para estarem presentes no protesto.
Fonte policial disse à agência Lusa que a manifestação vai merecer "uma especial atenção" por parte das autoridades policiais e que vão estar mobilizados um maior número de elementos do que no protesto de 21 de novembro de 2013.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP alertou para os condicionamentos do trânsito, a partir das 17:30 de hoje, entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, podendo sofrer cortes a Rua Braamcamp, Largo do Rato e a Rua de São Bento.
No protesto vão também participar as associações da GNR e os sindicatos da PSP e dos guardas prisionais que não pertencem à CCP.
Em declarações aos jornalistas, na quarta-feira, o Ministro da Administração Interna, afirmou esperar que o protesto decorra dentro da legalidade, mas escusou-se a antecipar cenários caso os polícias voltem a subir a escadaria da Assembleia da República.