"Parece que ministro está desejoso que algo de mal aconteça"

Foram mobilizados, para o protesto de hoje das forças de segurança, cerca de 400 profissionais do Corpo de Intervenção, o que leva César Nogueira, da Associação de Profissionais da Guarda e Fronteiras a afirmar que “parece que o ministro está desejoso de que aconteça alguma coisa de mal”, conta o Expresso.

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Notícias Ao Minuto
06/03/2014 13:38 ‧ 06/03/2014 por Notícias Ao Minuto

País

César Nogueira

Os 12 mil manifestantes esperados esta quinta-feira em Lisboa serão vigiados por um número recorde de colegas.

Exemplo disso são os 400 homens do Corpo de Intervenção sedeado de Lisboa mobilizados para o efeito, assim como as secções de intervenção rápida de várias divisões da cidade e a força de reserva da GNR. No total serão 800 operacionais, conta o Expresso.

No entanto, o Corpo de Intervenção só deverá atuar caso tentem subir as escadarias da Assembleia, tal como aconteceu em novembro.

Citado pelo semanário, o presidente da Associação de Profissionais da Guarda, César Nogueira, refere que “parece que o ministro está desejoso de que aconteça alguma coisa de mal” já que “nem num FC Porto-Benfica se vê tanto polícia”, exemplifica.

O presidente do sindicato do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) também condena esta situação: “Parece-me anormal e intimidatório. O ministro quer meter medo aos manifestantes para que não se repita o que aconteceu em novembro”.

Por seu turno, o líder da plataforma que reúne a ASAE, o SEF, a GNR, a PSP, a Polícia Marítima, a PJ e os guardas prisionais, Paulo Rodrigues, julga que esta mobilização “é justificável porque para além do número recorde de manifestantes, temos notícia da possibilidade haver elementos infiltrados na manifestação  que nada têm que ver com os polícias e, se houver confrontos físicos, ninguém vai beneficiar. Nem nós, nem o Governo”, acrescenta.

São esperados hoje 70 autocarros de todo o país para o protesto contra os cortes salariais no setor, que começa às 17h30 no Marquês de Pombal e culmina na Assembleia da República.

Alguns minutos antes, às 17 horas, oito forças e serviços de segurança diferentes estarão em protesto no Funchal, Madeira. Em declarações ao Diário da Notícias, o dirigente de Lisboa da Associação de Profissionais da Guarda, Nuno Guedes, frisa que este protesto na Madeira foi “marcado à última da hora”.

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