Portugueses estão exaustos e querem mudar de vida

Nove em cada dez portugueses quer mudar de vida e estão exaustos do trabalho que têm. Quem o diz é um estudo da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional, ao qual o jornal i teve acesso, e que lança o alerta para a saúde pública da população, que pode estar a chegar a uma situação limite de stress e esgotamento.

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Notícias Ao Minuto
12/03/2014 09:16 ‧ 12/03/2014 por Notícias Ao Minuto

País

Emprego

As situações de stress e esgotamento aumentaram nos últimos cinco anos e foi o sector público que registou os piores resultados. No total, 78% da população sente-se exausta do trabalho que tem e deseja mudar.

A Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional alertou, através de um estudo, para o eminente ataque de nervos que caracteriza os profissionais portugueses. Foram analisados quase 39 mil trabalhadores do sector público e privado, entre 2008 e 2013, e concluiu-se que nove em cada dez empregados estão exaustos e desejam mudar.

Segundo o jornal i, que teve acesso ao estudo, fadiga, sobrecarga, perda de energia e de recompensas e cada vez menos reconhecimento pela empresa são os principais sintomas, que fazem com que apenas 25% dos trabalhadores se sintam recompensados no trabalho, número que reduziu dois terços desde 2008.

Comparando 2008 com o ano passado, a percentagem de trabalhadores públicos que registam elevados níveis de stress, passou de 32% para 59% no setor público, e de24% para 43% no privado. No total, 15% dos trabalhadores públicos enfrentaram situações de esgotamento, enquanto no privado, a percentagem ronda os 12%.

O presidente da associação, João Paulo Pereira, contou ao i que “quando olhamos para indicadores como o grau de exaustão, é assustador. Sabemos que pode estar associada a outros indicadores de saúde, como o consumo de medicamentos, as pneumonias ou os enfartes do miocárdio, que têm apresentado uma tendência crescente nos últimos anos, sobretudo em faixas etárias mais jovens”.

Desde 2008, a intenção de abandonar o emprego num prazo de cinco anos, passou dos 35% para os 78%, valor registado em 2013. 

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