Precisamente dois meses antes do ‘adeus’ da troika, e na semana em que o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa organiza a 3ª edição do Fórum das Políticas Públicas, um estudo da Eurosondagem para a SIC e para o semanário Expresso revela a avaliação dos portugueses ao programa de ajustamento, ao impacto da austeridade e à expetativa quanto ao pós-troika.
Poucos (6,5%) são, porém, os que acreditam que a austeridade vai diminuir com a saída dos credores internacionais. A esmagadora maioria considera que, das duas uma, ou vão continuar (41%) ou aumentar (42%).
Questionados sobre se o país está melhor ou pior do que em 2011, a maioria (68%) é clara na resposta negativa: ‘piorou’; sendo que, 20% considera que está melhor.
Quanto à vida de cada um, a avaliação é ainda mais negativa com 77% dos inquiridos a garantir que está pior com apenas 12% a afirmar que melhorou desde 2011.
Neste sentido, também a execução do programa de ajustamento é vista com maus olhos: 70% dá nota negativa ou muito negativa, face a 22% que dá nota positiva.
Para o pós-troika, os inquiridos dividem-se, com 49% a defender um programa cautelar e 33% uma saída à irlandesa, sendo que 19%, dizem não saber a resposta ou recusa dá-la.