A primeira queixa foi apresentada pela mãe que, junto dos responsáveis da Escola Ruy Luís Gomes, em Almada, disse que a filha era constantemente apalpada por um grupo de colegas.
Seguiu-se, meses depois, uma denúncia à Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), por parte do advogado da vítima, a dar conta da inação da escola perante os episódios relatados.
Estas notificações, conta o Diário de Notícias (DN), ficaram em ‘águas de bacalhau’ até ao dia em que a menor, agora com 14 anos, terá sido levada para uma mata onde terá sido agredida e violada durante horas.
Contudo, lê-se na mesma publicação, antes da denúncia do advogado terão ocorrido sucessivos episódios de abusos sexuais que se prolongaram durante doze semanas, mas sempre sem qualquer tipo de ação por parte da direção da escola, mesmo já tendo sido reportada uma queixa por parte da mãe.
A passividade dos responsáveis da instituição de ensino está agora a ser investigada pelo Ministério Público (MP) e, de acordo com o DN, estes podem ser condenados pelo crime de omissão de auxílio, uma vez que, alegadamente, frisa a publicação, teriam conhecimento do que estava a acontecer com a jovem e nada terão feito.
Além disso, a mãe da criança terá pedido que a filha tivesse acompanhamento psicológico, mas este apoio apenas foi concedido quatro dias antes do episódio de agressão e violação na mata.
A vítima, uma menina com um historial depressivo agudo, apresentava dificuldades cognitivas e era facilmente alvo de troça por parte dos colegas.