Nos hospitais públicos são registadas cerca de duas mil faltas por dia às consultas marcadas porque os doentes não comparecem e este comportamento, quando feito sem justificação plausível, pode vir a traduzir-se no pagamento de uma taxa moderadora, avança o Diário de Notícias.
Segundo a mesma publicação, um quinto das consultas nas instituições públicas de saúde já ultrapassa os tempos de espera legais, um problema que se torna cada vez mais grave e que poderia ser amenizado com uma melhor gestão do tempo dos médicos mas que a marcação sucessiva de consultas torna mais difícil.
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) avançou que, só em janeiro, houve 60.383 consultas que não foram realizadas, um número que pode ser bastante maior visto que muitas instituições ainda não revelaram estes dados.
A aplicação de taxas moderadoras aos utentes (exceto os isentos) que faltem às consultas sem aviso prévio ou justificação (a apresentar num prazo de sete dias após a data da consulta) já é possível desde o dia 1 de abril de 2013 mas a regra ainda não está totalmente implementada visto que nem todos os hospitais têm cumprido o que está na lei.