Amadora quer prolongar carreiras da Carris até à Reboleira

A Câmara da Amadora está a negociar com a rodoviária Carris o prolongamento de carreiras que atualmente terminam na Damaia até à nova estação da Reboleira do metropolitano, anunciou hoje a autarquia.

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Lusa
21/03/2014 20:30 ‧ 21/03/2014 por Lusa

País

Câmara Municipal

A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), visitou hoje várias zonas do concelho onde estão projetadas obras de requalificação de espaços públicos.

O parque urbano Armando Romão, na Reboleira, encontra-se vedado ao meio há cerca de três anos.

O espaço vai ser requalificado pelo Metropolitano de Lisboa no âmbito da conclusão dos trabalhos de prolongamento da linha azul à Reboleira. Segundo o vereador das Obras Municipais e Espaços Verdes, Gabriel Oliveira, o projeto contempla a abertura de uma ligação viária junto ao parque e 35 lugares de estacionamento.

A área envolvente ao respiradouro do troço terminal do metro, com "70 metros de profundidade", vai ser objeto de reabilitação, nos equipamentos urbanos e na iluminação pública, numa obra financiada pelo Metropolitano, através da empreitada de prolongamento do troço da linha entre as estações de Amadora/Este e da Reboleira, com ligação à linha ferroviária de Sintra.

A presidente da autarquia apresentou depois o projeto de requalificação da Avenida D. Carlos I, que liga a Damaia à estação da Reboleira. Os dois quilómetros que separam as duas estações da CP -- Comboios de Portugal vão ter quatro vias de circulação, espaços pedonais e para uso de ciclistas e zonas de estacionamento.

A obra está estimada "entre 600 a 800 mil euros" e, segundo Carla Tavares, deverá ficar pronta a tempo da abertura da estação do metro da Reboleira, "em dezembro de 2015", segundo a previsão do Metropolitano de Lisboa.

"Estamos a trabalhar com a Carris para que algumas carreiras cheguem até á estação da Reboleira", adiantou a autarca.

O interface da estação da Reboleira ficará também a cargo do Metropolitano. Carla Tavares salientou que a conclusão do prolongamento da linha azul "é uma mais-valia quer para a Amadora, quer para os moradores na Linha de Sintra".

O túnel com 579,2 metros, a estação e zona terminal estão construídos, faltando apenas os carris e acabamentos. A primeira fase custou cerca de 45 milhões de euros e a empreitada final vai orçar em mais 15 milhões de euros, "comparticipados a 100% por fundos comunitários".

A ligação do metropolitano com a linha da CP na Reboleira também "vai ajudar a aproximar as populações" que passaram a constituir a nova freguesia das Águas Livres, acredita o presidente da junta, Jaime Garcia (PS). "É uma infraestrutura que não serve só a Reboleira, mas também beneficia a Buraca e a Damaia", notou o autarca.

Carla Tavares admitiu que, no atual quadro económico, o projeto de metro de superfície dificilmente verá a luz do dia. Adiado ficará também o projetado prolongamento da rede do metropolitano até ao Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).

A requalificação da Cova da Moura é outro projeto que vai ficar no papel, depois de o Governo ter suspendido o financiamento previsto. "A câmara não tem dinheiro para um projeto dessa dimensão", reconheceu a autarca, acrescentando que o município vai continuar a apoiar a parceria com a associação de moradores.

Apesar de lamentar a suspensão da requalificação da Cova da Moura, Carla Tavares sublinhou que o bairro faz parte da cidade e confessou-se "mais preocupada com o bairro 6 de maio", na Damaia.

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