"Estamos a falar de um universo de 300 mil clientes domésticos e de dois milhões de faturas e o corte de abastecimento a 11.836 clientes vale o que vale". Quem o diz é o secretário-geral da empresa, José Manuel Zenha, em reação às queixas quanto aos cortes que a EPAL fez na cidade de Lisboa.
Ao Expresso, o responsável afirma que “o serviço público não é gratuito”, desvalorizando as críticas que dão conta que tais cortes colocam em causa o direito humano essencial de acesso à água.
“A cidade está cheia de chafarizes e fontanários e ninguém morre à míngua por causa dos cortes”, disse José Manuel Zenha.
Os cortes efetuados pela EPAL referem-se “a atrasos reiterados" no pagamento das faturas, ou seja, ao consumo de água sem pagar durante o período de quatro meses.