A frota da PSP e da GNR é composta por 43,2% de carros-patrulha com mais de 10 anos de serviço, avança o Diário de Notícias.
De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Administração Interna (MAI) à mesma publicação, são 4.400 veículos do total de 10.167 viaturas utilizadas pelas duas forças de segurança para os mais diversos usos que não apresentam as melhores condições, pois estão envelhecidas.
A título de exemplo, na GNR, guiam-se jipes Patrol de 1998 e 1999 com mais de meio milhão de quilómetros para patrulhar extensas áreas rurais e na Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial (EIFP) da 2ª Divisão do Comando do Porto não há uma carrinha a funcionar desde o início do ano, depois de terem avariado as duas existentes.
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) já havia divulgado, em 2013, que a média de idade do parque automóvel nacional era de 11 anos (1,2 milhões de carros tem entre 10 e 15 anos), sendo que estes novos dados trazem alguma luz sobre a gravidade da situação nas forças de segurança.
Numa altura em que muito se fala da entrega de carros novos na polémica Fatura da Sorte, Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, anunciou que a PSP e a GNR vão receber, no total, uma frota nova de 322 automóveis e 39 motociclos ainda este ano. Fontes de associações sindicais das duas forças dizem, todavia, que tal não é suficiente.