O vice-primeiro-ministro viaja para Madrid na tarde de segunda-feira, após o Conselho de Ministros extraordinário, precisou a mesma fonte.
O Conselho de Ministros extraordinário inicia-se às 8:30 em Lisboa e tem em cima da mesa a discussão do Documento de Estratégia Orçamental (DEO).
O funeral de Estado em memória do ex-primeiro-ministro espanhol Adolfo Suárez, falecido a 23 de março, aos 81 anos, realiza-se na segunda-feira na Catedral de la Almudena, em Madrid, cinco dias depois das exéquias privadas em Ávila, sua cidade natal.
A cerimónia, que se iniciará pelas 19:00 na Catedral de Santa María la Real de la Almudena, contará com a presença da família real espanhola, das altas autoridades do Estado, da família Suárez e de representantes de diversos setores da sociedade.
Adolfo Suárez, considerado o artífice da democracia em Espanha, chefiou o primeiro governo após a ditadura do general Francisco Franco, tendo, nos primeiros 11 meses em que esteve no poder, aprovado a lei da amnistia, legalizado partidos e sindicatos e convocado eleições livres em 1977, que venceu legitimamente.
Terá, assim, direito a uma despedida com as máximas honras e, para tal, o Governo pôs em marcha, pela segunda vez em democracia, o protocolo fúnebre de Estado previsto para os ex-presidentes do executivo, organizado de acordo com a vontade da família (a primeira vez foi em dezembro de 1982, quando morreu o segundo chefe do executivo do período democrático, Leopoldo Calvo-Sotelo).
A distribuição dos convidados seguirá as normas de precedência definidas pelo protocolo, consagradas no Real Decreto 2099/83, e a família ocupará um lugar privilegiado no templo, nas primeiras filas do lado esquerdo da nave central de la Almudena.
Todos deverão cumprir luto rigoroso e o funeral de Estado não será, previsivelmente, aberto ao público.