Joaquim Santos foi vice-presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, em Aveiro, durante oito anos. Quando deixou o cargo, em outubro do ano passado, não tardou em encontrar outro emprego, segundo contam os populares, numa firma que prestava serviços à autarquia.
Até aqui tudo bem, não fosse o facto de o engenheiro de profissão estar a receber, desde novembro, o subsídio de desemprego no valor de 1.048 euros mensais, segundo o Jornal de Notícias (JN).
O dinheiro oriundo da Segurança Social (SS) era acumulado com o salário de dirigente da empresa de betão Tavares e Filhos, Lda., de acordo com as suspeitas de que a SS e a Autoridade Tributária e Aduaneira já têm conhecimento.
Segundo o professor de Direito Mário Frota, ouvido pelo JN, o homem pode vir a responder pelos crimes de fraude contra a Segurança Social e burla tributária, sendo obrigado a devolver o dinheiro que recebeu sob a forma de subsídio de desemprego, acrescido de juros, a que se soma uma multa contraordenacional por causa da alegada fuga ao pagamento de IRS.