O primeiro-ministro, António Costa, disse ontem que "se for convidado" a visitar a Ucrânia irá com "muito gosto", mas confessou que, perante a ausência de qualquer chamada, não vai "a um país onde não fomos convidados a ir".
Em declarações proferidas numa entrevista coletiva promovida pelo Clube de Jornalistas - em parceria com a agência Lusa e a Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito dos 50 anos das comemorações do 25 de Abril e dos 40 anos do clube - Costa respondeu ainda aos comentários anteriormente proferidos por Zelensky de que Portugal não manifestava "apoio incondicional" à Ucrânia.
Costa frisou que "a União Europeia tem-se feito representar" portanto "todos temos estado representados".
Quanto aos processos de adesão da Ucrânia à UE, o primeiro-ministro lembrou que estes processos têm ritmos próprios e lembrou que Portugal, por exemplo, demorou anos. Refira-se que desde o pedido de adesão de Portugal à União Europeia, em 1977, até à assinatura do Tratado, em 1985, decorreram oito anos de negociações.
O chefe de Governo assume, ainda, que a Europa subestimou a Rússia e não se precaveu nomeadamente no que diz respeito à dependência energética.
"Se a Europa soubesse o que sabe hoje, muitas coisas que fez no passado provavelmente não teria feito", afirmou o primeiro-ministro.
Costa sublinhou também que a resposta europeia à guerra, com sanções à Rússia e medidas de apoio à Ucrânia, surpreendeu pela positiva.
Leia Também: Com relações marcadas por apoio (e uma crítica), que dirá Zelensky na AR?