O estudo foi feito pela segunda vez, no espaço de dez anos, tendo sido o primeiro realizado em 2004. A maior conclusão aponta que 59% dos portugueses rejeitam o passado ditatorial e consideram o 25 de Abril o acontecimento mais importante da sua História, entre todos os outros.
O golpe, que se tornou numa Revolução, tem como significado a saída do povo à rua, para apoiar, ovacionar e saudar a liberdade. A rutura foi clara e há, para novos e velhos, um antes e um depois dessa data. Segundo o estudo, os portugueses no seu conjunto orgulham-se dela.
Em segundo lugar, com apenas 11%, encontra-se a Implantação da República. Também na lista, mas com percentagens mais pequenas encontram-se acontecimentos como a Batalha de Aljubarrota, a chegada de Vasco da Gama à Índia, a Restauração da Independência e a adesão de Portugal à CEE.
O estudo revelou também que a Revolução dos Cravos teve mais impacto na comunidade feminina do que na masculina, bem como nas pessoas com menor nível de ensino.
Para 42% dos portugueses, o Estado Novo teve mais coisas negativas que positivas. Apenas 19% pensa o contrário e 28% pensa que as políticas foram equilibradas.
Na sua maioria, os portugueses pensam que os responsáveis políticos do regime anterior deveriam ter sido julgados (56%) e que não foi feita justiça relativamente a órgãos como a PIDE (45%). Se não tivesse existido o 25 de Abril, para o Portugueses “teria havido um golpe militar pouco tempo depois” (32%).