A denominada Associação Nacional de Formadores de Segurança Rodoviária (ANFSR) é presidida por Joaquim Sobreiro Duarte e pretende "valorizar a profissão de formador da área rodoviária que deve ser assente numa legislação que vá ao encontro da sua especificidade e responsabilidade", explicou à Lusa aquele responsável.
A direção, empossada no sábado à noite, conta com representantes de várias escolas de formação rodoviária do país e tem entre os seus principais objetivos "a aprovação de um código deontológico que regule a ação dos cerca de oito a nove mil formadores que exercem a profissão atualmente", afirmou Sobreiro Duarte.
A ANFSR avançou já, durante a tomada de posse, com uma proposta de código que define os direitos e deveres dos profissionais que vierem a associar-se e que será dada a conhecer a todas as entidades ligadas ao setor.
A associação, que já se reuniu com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e com a Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) pretende agora ser recebida na Assembleia da República (AR) e discutir os seus projetos com as organizações ligadas ao ensino da condução, os representantes dos profissionais da condução e os sindicatos.
"Os custos, humanos e monetários dos acidentes rodoviários justificam que as questões da segurança rodoviária sejam cada vez mais analisadas por um conjunto abrangente de instituições", defendeu o presidente da associação.
O objetivo é criar um conselho técnico que "possa dar contributos para a legislação ou a necessidade de atualização de formação, entre outras matérias relevantes".
Nos projetos da ANFSR incluem-se ainda a realização de estudos e investigações e o desenvolvimento de parcerias para a realização de ações de prevenção rodoviária, quer para crianças quer "para pessoas encartadas que pretendam atualizar os seus conhecimentos, tanto práticos quanto teóricos, sobretudo quando existem alterações ao código da estrada", adiantou o mesmo responsável.