Professora faz queixa de aluno por agressão e acaba suspensa

Uma professora de uma escola em Gondomar foi suspensa e terá de solicitar um atestado de sanidade mental para poder voltar a dar aulas, depois de ter feito queixa à GNR de um aluno que a agrediu. Segundo o Jornal de Notícias, o aluno deu um murro no ombro da professora mas as autoridades arquivaram a queixa devido ao facto de o aluno não ter idade para ser imputável.

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Notícias ao Minuto
09/04/2014 07:52 ‧ 09/04/2014 por Notícias ao Minuto

País

Gondomar

No passado dia 21 de março, uma professora de Matemática da escola EB 2/3 de Fânzeres, em Gondomar, que prefere não se identificar, pediu a um aluno de 15 anos para que saísse da sala devido a mau comportamento e acabou por ser ameaçada com “dois estalos” e agredida “com um murro no ombro”.

“Levantou-se, encostou a cabeça dele à minha e ameaçou-me com dois estalos. Deu-me um murro no ombro”, confirmou a professora ao Jornal de Notícias.

De imediato, a professora pediu à escola para intervir mas, por falta de resposta, acabou por fazer queixa à GNR local. Dois dias depois de apresentar queixa, recebeu um telefonema da direção da escola a informar que estava “suspensa de toda a atividade docente” e a remete-la para uma junta médica por motivos psíquicos.

A professora sente-se “injustiçada e punida”, alegando ao Jornal de Notícias que já tinha apresentado “19 participações disciplinares daquela turma desde o início do ano, inclusive do aluno em questão, mas nunca foi efetuado nenhum conselho de turma de caráter disciplinar nem nenhum aluno foi ainda alvo de qualquer sanção”.

A professora alega não ter antecedentes de perturbações psíquicas e lamenta “estar em casa, em pleno uso das suas capacidades físicas e mentais, quando estão quatro turmas sem aulas nem avaliação”.

A direção da escola não adiantou pormenores mas alegou que “foi feito uso da lei para pedir opinião médica, dado o clima de conflitualidade gerado”.

Quanto à queixa da GNR, foi arquivada devido à idade do aluno, que faz com que não seja criminalmente imputável. 

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