Durante o dia de ontem, altura em que passaram quatro meses desde a tragédia no Meco, os familiares e amigos das vítimas estiveram no local, recordando a data e os alunos que partiram.
A cerimónia de homenagem ficou marcada pela identificação de Anabela Pereira, mãe de Tiago Campos, e de dois surfistas, por terem lançado flores ao mar, contrariando as ordens da polícia marítima.
Anabela declarou estar afastada dos restantes progenitores, estando mesmo excluída do processo judicial contra o dux. As flores foram lançadas com a ajuda dos surfistas perto do local onde o corpo de Tiago foi encontrado, cinco horas depois de ter sido dado como desaparecido.
Os restantes pais obedeceram e não chegaram a entrar no areal. Os familiares admitem ter regressado ao “local da dor” e não compreendem como é que os filhos “perderam” ali a vida.
Mariana Barbosa, mãe de Joana, afirmou ao Diário de Notícias, que “as palavras estão envoltas em mistérios mal contados” e admitiu não acreditar “na história de João Gouveia”.
A cerimónia de homenagem contou com um memorial improvisado, no qual foram lidas algumas mensagens, sobretudo escritas pelos pais das vítimas.
Segundo o apurado até agora, o relatório da PJ sobre o caso deverá apontar para um arquivamento, já que não terá sido encontrado crime associado.