Nuno Crato expressou a disponibilidade de Portugal para cooperar com Moçambique na formação de professores e no ensino técnico-profissional, em resposta à preocupação manifestada pelo seu homólogo moçambicano, Augusto Jone, em relação às dificuldades de Moçambique nos dois setores, durante um encontro entre os dois dirigentes em Moçambique.
"As preocupações de Moçambique nestas duas áreas são coincidentes com as de Portugal, são as nossas. São áreas em que podemos desenvolver um intercâmbio de experiências", declarou o ministro português da Educação.
Nuno Crato apontou a preocupação de Portugal em fazer a ligação entre a formação vocacional no ensino básico e as empresas, para suprir os custos inerentes ao ensino técnico, como uma experiência que pode interessar a Moçambique.
"Oferecer cursos profissionalizantes é caro para países menos industrializados como Moçambique e Portugal e nós optamos por apostar num modelo assente na ligação entre as escolas e as empresas", realçou o ministro da Educação e Ciência.
Outra área de interesse na cooperação com Moçambique, assinalou Nuno Crato, é a qualidade na formação de professores, porque Portugal está numa fase em que os professores do ensino primário devem ter formação superior.
O ministro português da Educação e Ciência está em Maputo desde terça-feira, dia em que participou no encontro dos ministros da Ciência e Tecnologia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para depois tomar parte, na quinta-feira, na reunião dos ministros da Educação da organização.