Acusada de fraude, através de um esquema piramidal que vigorava desde 2012, a empresa que declarou falência a 14 de Abril, tem quatro portugueses entre os seus maiores credores. Em Portugal estavam registados mais de três mil ‘promotores’, informa o Diário Económico.
Paola Zolla Alecci, líder da Telexfree em Portugal, é a décima na lista dos maiores credores mas numa carta publicada ontem pela Associação Nacional dos Divulgadores em Empresas de Marketing Multi Nível, no Brasil, ficou-se a saber que abdica desse valor de “livre vontade”, a bem da “recuperação” da empresa, adianta o Diário Económico.
Fundada por um imigrante brasileiro nos Estados Unidos, a Telexfree apresentava-se como operador de telecomunicações sobre internet (VoIP). Empresa operava principalmente junto das comunidades de emigrantes, nomeadamente brasileiros e dominicanos, nos EUA.
Segundo a norte-americana Securities and Exchange Commission (SEC), as vendas da empresa não cobriam as responsabilidades junto dos ‘promotores’. Em alguns casos, adianta ainda o Diário Económico, a empresa chegava a prometer ganhos superiores a 200%, que em alguns casos podiam chegar quase aos 40 mil dólares por mês.
A empresa terá supostamente ativos no valor de 120 milhões de dólares, valor ainda assim muito inferior aos 600 milhões que deve. Antes de declarar falência, responsáveis terão transferido cerca de 30 milhões de dólares para as suas contas.