Portugueses com dupla nacionalidade a viver na Rússia podem ser chamados

Informação foi revelada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Portal das Comunidades alerta que "os duplos nacionais luso-russos são considerados, pelas autoridades russas, apenas como cidadãos russos".

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© Thierry Monasse/Getty Images

Notícias ao Minuto
28/09/2022 14:43 ‧ 28/09/2022 por Notícias ao Minuto

País

Guerra na Ucrânia

O Portal das Comunidades Portuguesas, sob a tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros, publicou, no passado dia 26 de setembro, um aviso aos luso-russos que vivem no país liderado por Vladimir Putin: podem vir a ser chamados a combater pela Rússia na guerra em território ucraniano.

"A 21 de setembro de 2022, as autoridades russas decretaram uma mobilização militar, com efeitos imediatos", começa por informar a nota, acrescentando: "Alerta-se que os duplos nacionais luso-russos são considerados, pelas autoridades russas, apenas como cidadãos russos".

Assim, "na eventualidade de serem mobilizados, não poderão solicitar proteção consular junto da Embaixada, invocando dupla nacionalidade, por esta não ser reconhecida na Rússia". 

O Portal esclarece que, "desde aquela data, as saídas da Rússia por via terrestre e aérea encontram-se sobrecarregadas e estão sujeitas a controlo acrescido nas fronteiras", sendo que se "reitera a recomendação para que sejam evitadas deslocações à Rússia e para que cidadãos nacionais que se encontram no país, por razões não essenciais, ponderem sair pelas alternativas disponíveis".

De recordar que, esta quarta-feira, a Embaixada dos Estados Unidos na Rússia emitiu um novo alerta de segurança para os cidadãos norte-americanos, pedindo-lhes que deixem o país "de imediato", apesar dos poucos voos comerciais disponíveis devido à invasão russa da Ucrânia.

A representação diplomática alertou ainda que as autoridades russas poderão "começar a negar a dupla cidadania aos norte-americanos e o acesso à assistência consular para impedir a sua saída do país" após ter anunciado, no passado dia 21, a mobilização parcial.

Também hoje, a Polónia e a Bulgária apelaram aos respetivos cidadãos que abandonem a Rússia o mais rápido possível, recorrendo aos meios de transporte disponíveis. Os Governos de Varsóvia e Sófia receiam que seja cada vez mais difícil abandonar o território.

O anúncio de Moscovo da mobilização de 300 mil reservistas, feito na semana passada, está a desencadear o êxodo de um grande número de homens russos em idade militar que se recusam a lutar na Ucrânia, alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro passado. Estes estão a fugir do país em direção à Turquia, Geórgia, Arménia, Mongólia, Cazaquistão e Finlândia  

[Notícia atualizada às 14h54]

Leia Também: AO MINUTO: Luso-russos podem ter de combater; Rússia recusa passaportes

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