Cerca de 30 câmaras municipais estão em situação financeira considerada dramática podendo estar em risco o pagamento de salários em algumas delas.
A culpa, refere o presidente da Associação de Municípios (ANMP), Rui Solheiro, ao Jornal de Notícias, é da "derrapagem de prazos do Governo em relação à regulamentação do Fundo de Apoio Municipal".
Este apoio está previsto na Lei das Finanças Locais, em vigor desde janeiro, mas ainda não avançou.
O Governo prometeu que isso aconteceria em fevereiro. Depois, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, garantiu que afinal seria no final de março. O novo prazo fixou-se, entretanto, no final do mês de abril, que acontece já na próxima quarta-feira, mas a falta de certezas está a colocar as câmaras em sobressalto e numa situação de “asfixia financeira”, uma vez que a falta de recursos poderá pôr em causa o pagamento de salários.
Gaia, Aveiro e Portimão são as autarquias que enfrentam maiores dificuldades, mas no total serão cerca de três dezenas as autarquias locais que se encontram em situação dramática.