Esta tarde, em conferência de imprensa, Ricardo Rio adiantou ainda que a referida estrutura, que servia de suporte a caixas de correio não consta do licenciamento do prédio que servia mas que "também não tinha que constar".
Na quinta-feira três estudantes morreram, e quatro ficaram feridos, depois de uma estrutura, que segundo o autarca de Braga não pode ser considerada um muro, ter ruído durante uma "brincadeira" entre cursos da Universidade do Minho.
Aludindo a uma carta datada de 2009 que circulou nas redes sociais e que dava conta que a autarquia de Braga tinha sido alertada para o mau estado do alegado muro que ruiu, Ricardo Rio explicou que a missiva não se refere à estrutura que causou o "trágico" acidente.
"Tudo isto [o alerta e o respetivo processo] não incide sobre a estrutura que ruiu mas sobre um outro muro", disse.
Por isso, garantiu, "a Câmara Municipal de Braga nunca foi formalmente alertada para aquela estrutura".
Rio adiantou ainda que a estrutura, que servia para dar suporte a caixas de correio, "não conta do processo de licenciamento do respetivo prédio mas também, em bom rigor, não teria que constar", afastando assim a possibilidade de aquela construção estar ilegal.
Segundo o autarca, "a tutela sobre aquela estrutura é da responsabilidade do condomínio do prédio por via do uso privado a que se destinava".
O acidente levou a que a fosse declarado luto pela Associação Académica da Universidade do Minho, levando mesmo que fossem canceladas as Monumentais Festas do Enterro da Gata, nome pelo qual é conhecida a queima das fitas da academia minhota, marcadas para maio.
"A atitude de cancelar o Enterro da Gata foi singular e extremamente corajosa por parte da Associação Académica", fez questão de apontar Ricardo Rio.
Para terça-feira, data da missa de sétimo dias dos estudantes que morreram, está marcada uma vigília em honra dos estudantes mortos e a Universidade do Minho suspendeu as aulas.