Muro que matou três alunos é do condomínio do prédio

O presidente da Câmara de Braga garantiu que a tutela da estrutura que ruiu matando três estudantes é do condomínio do prédio que servia e que a autarquia nunca foi "formalmente" alertada sobre o estado daquele mobiliário urbano.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
28/04/2014 18:20 ‧ 28/04/2014 por Lusa

País

Braga

Esta tarde, em conferência de imprensa, Ricardo Rio adiantou ainda que a referida estrutura, que servia de suporte a caixas de correio não consta do licenciamento do prédio que servia mas que "também não tinha que constar".

Na quinta-feira três estudantes morreram, e quatro ficaram feridos, depois de uma estrutura, que segundo o autarca de Braga não pode ser considerada um muro, ter ruído durante uma "brincadeira" entre cursos da Universidade do Minho.

Aludindo a uma carta datada de 2009 que circulou nas redes sociais e que dava conta que a autarquia de Braga tinha sido alertada para o mau estado do alegado muro que ruiu, Ricardo Rio explicou que a missiva não se refere à estrutura que causou o "trágico" acidente.

"Tudo isto [o alerta e o respetivo processo] não incide sobre a estrutura que ruiu mas sobre um outro muro", disse.

Por isso, garantiu, "a Câmara Municipal de Braga nunca foi formalmente alertada para aquela estrutura".

Rio adiantou ainda que a estrutura, que servia para dar suporte a caixas de correio, "não conta do processo de licenciamento do respetivo prédio mas também, em bom rigor, não teria que constar", afastando assim a possibilidade de aquela construção estar ilegal.

Segundo o autarca, "a tutela sobre aquela estrutura é da responsabilidade do condomínio do prédio por via do uso privado a que se destinava".

O acidente levou a que a fosse declarado luto pela Associação Académica da Universidade do Minho, levando mesmo que fossem canceladas as Monumentais Festas do Enterro da Gata, nome pelo qual é conhecida a queima das fitas da academia minhota, marcadas para maio.

"A atitude de cancelar o Enterro da Gata foi singular e extremamente corajosa por parte da Associação Académica", fez questão de apontar Ricardo Rio.

Para terça-feira, data da missa de sétimo dias dos estudantes que morreram, está marcada uma vigília em honra dos estudantes mortos e a Universidade do Minho suspendeu as aulas.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas