Para acautelar a quantidade de trabalho a partir de setembro, altura em que entrará em funcionamento o novo mapa judiciário, os juízes estão a dar prioridade aos processos que não serão transferidos. Mas há casos entre os 3,5 milhões processos que vão ser transferidos que correm o risco de ficar esquecidos até lá, adianta o Diário de Notícias.
O novo mapa judiciário está previsto para o início de setembro mas poderá atrasar-se 15 dias a um mês, como já foi assumido pela ministra Paula Teixeira da Cruz.
No entretanto, os 3,5 milhões de processos que o Conselho Superior de Magistratura já contabilizou que serão transferidos na sequência do novo mapa judiciário correm o risco de ficar em ‘stand by’.
O Diário de Notícias dá conta da situação, por exemplo, da comarca de Almada, onde só em cobranças de dívidas existirão 70 mil ações a decorrer – havendo apenas três juízes para todos os processos. E cita ainda um magistrado que falou sob anonimato: “A responsabilidade é de quem fez esta reforma, que está a esquecer-se de questões essenciais”.
Dado o volume de trabalho, os magistrados têm optado por marcar as diligências necessárias para os processos que se irão manter sob a sua alçada.