No quartel-general do BE para a noite eleitoral, o Fórum Lisboa, a coordenadora Catarina Martins reagia às projeções emitidas pelas televisões às 20:00, que dão o BE a cair em relação a 2009 e a eleger um eurodeputado, posicionando-se atrás do MPT, cujo cabeça de lista é Marinho e Pinto.
"Falamos apenas de projeções. Todas as projeções indicam que aquele que era o objetivo principal do BE, continuar a ter uma voz no Parlamento Europeu, terá sido alcançado e que Marisa Matias será eurodeputada", disse.
Questionada sobre o eventual resultado do MPT (cujo cabeça de lista é Marinho e Pinto), Catarina Martins realçou que estas foram umas "eleições em que houve muito voto de protesto".
"E o protesto tem várias formas de se expressar, incluindo essa forma [resultado do MPT], que mesmo não sendo sobre alternativa, é uma forma legítima de fazer protesto no momento do voto", respondeu.
A deputada do BE realçou ainda que os resultados "indicam que a direita unida terá tido menos 30% dos votos", considerando este dado "relevante porque nunca tinha acontecido".
Interrogada pelos jornalistas sobre se, a confirmar-se a estes resultados põe o lugar à disposição, a coordenadora do BE respondeu com uma pergunta: "se o CDS só eleger um eurodeputado, vai fazer essa pergunta a Paulo Portas?".
"São projeções. A vida do BE decide-se nos órgãos próprios, como sabem", disse apenas.
Sobre a abstenção, Catarina Martins afirmou que esta é "muito alta, em linha do que tem vindo a ser nas europeias", destacando que esta é uma "nota negativa" uma vez que "a abstenção nunca foi solução para nada".
Em 2009, o BE foi a terceira força política mais votada, elegendo então três eurodeputados, com 10,73% dos votos.