Metade dos médicos que fizeram testes em Cuba com o objetivo de vir trabalhar para Portugal foram chumbados no exame, avança o Diário de Notícias.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, enviou para Cuba uma delegação para avaliar a equivalência de formação de médicos provenientes de Cuba, Colômbia ou Costa. No total, foram examinados 104 a 105 médicos, dos quais apenas 52 passaram no exame de equivalência à licenciatura em medicina.
Nas causas do chumbo está o facto de o teste ser em português, o que dificulta a capacidade dos licenciados para respondem a questões especificas, assim como o facto de serem mais velhos e de já não se recordarem de matérias que aprenderam no início da carreira. Noutros casos, o chumbo prende-se com o facto de estarem desatualizados.
O objetivo da contratação é colmatar falhas em regiões mais carentes, como o Algarve, Alentejo e Lisboa, e assim reduzir o número de utentes sem médico, que ascenderá a 1,1 milhões em todo o país, refere o Diário de Notícias. Estes terão também como missão substituir os médicos cubanos que abandonaram as suas funções, findo os contratos de dois anos.
Para o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, a situação é lamentável porque existem “bons médicos portugueses” que estão a abandonar o país devido aos cortes e “depois vão buscar cubanos e gastam o dobro entre o que pagam ao Governo cubano e os gastos com habitação das autarquias”.