De acordo com informação divulgada segunda-feira pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, entre o dia 15 de maio -- quando teve início a fase Bravo -- e domingo foram contabilizados 622 incêndios no país. Nos 15 dias anteriores, aquela entidade combateu 625 fogos, o que totaliza 1.247 incêndios durante todo o mês passado.
Apesar de o número de incêndios ter sido menor na segunda metade de maio, os fogos terão sido mais difíceis de combater, a avaliar pelo número de operacionais que foi preciso mobilizar para o combate. Desde o dia 01 de maio até ao dia 14 foram mobilizados 5.558 bombeiros, tendo o número aumentado para 7.105 na segunda quinzena.
Também o número de veículos de combate a fogos utilizados duplicou, passando de 1.656 para 2.065.
O pior dia da segunda quinzena aconteceu a 17 de maio, quando a Proteção Civil contabilizou 112 incêndios no país, que foram combatidos por mais de 1.100 operacionais, seguindo-se o dia anterior e o seguinte, quando o número de fogos registados chegou aos 98 no dia 18 e 91 no dia 16.
Nos primeiros quatro dias da fase Bravo, foram ainda usados 11 meios aéreos por dia para apagar os incêndios, mais de metade do total de 65 usados ao longo de toda a segunda quinzena.
A fase Bravo de combate a incêndios florestais envolve no terreno 5.175 operacionais, 1.251 viaturas, 34 meios aéreos e 70 postos de vigia.
O dispositivo foi reforçado este ano com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos relativamente ao ano passado e terá um custo de 85 milhões de euros.
A partir de domingo, o combate a incêndios passou a contar com mais cinco meios aéreos, estando outros 17 preparados para entrar em campo no dia 15 de junho e os outros quatro no dia 20 de junho.
Durante a fase Bravo estão operacionais 512 equipas de vigilância terrestre, 315 equipas de vigilância e ataque inicial e 681 equipas de combate.
À fase Bravo -- que termina a 30 de junho -- sucede a fase Delta, considerada a mais crítica em incêndios, que decorre entre 01 de julho e 30 de setembro.
As várias fases no âmbito do combate a incêndios são: Alfa (01 de janeiro a 14 de maio), Bravo (15 de maio a 30 de junho), Charlie (01 de julho a 30 de setembro), Delta (entre 01 e 31 de outubro) e Echo (01 de novembro a 31 de dezembro).
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo ao ano passado revela que 130 pessoas foram detidas em 2013 pelo crime de incêndio, mais 34 do que em 2012, e 48 ficaram em prisão preventiva.