Nos últimos dois anos, 61 mil condenados pagaram o total de 200 milhões de euros para pagar o cadastro. Trata-se de ‘multas’ aplicadas pelo Ministério Público (MP) que visam dispensar os arguidos de irem a julgamento. Jorge Jesus foi um dos casos, conta hoje o Diário de Notícias (DN).
Segundo a publicação, o treinador do Benfica aceitou pagar 500 euros ao polícia que agrediu a 22 de setembro (no final de um jogo com o Vitória de Guimarães) e ainda 25 mil euros destinados a duas instituições de solidariedade social para, assim, cessar o processo.
Os dados da Procuradoria-Geral da República (PGR), citados pelo DN, indicam que desde 1 de janeiro de 2012 e até 16 de junho deste ano, foi aplicada a chamada suspensão provisória do processo a 61.017 arguidos.
Esta coima é, por norma, aplicada a penas inferiores a cinco anos e os crimes mais frequentes para este tipo de solução dizem respeito a confrontos entre adeptos de claques desportivas, violência doméstica e condução sob o efeito de álcool.