"Governo não sabe aquilo que está a fazer", acusa bastonário

Depois de o Diário de Notícias (DN) ter avançado esta manhã com a decisão da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) que dá conta do fim do número de vagas para as consultas nos centros de saúde, o bastonário da Ordem dos Médicos diz, em declarações à Rádio Renascença, que esta medida “não é exequível” e acusa a tutela de não saber o que está a fazer.

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Notícias Ao Minuto
20/06/2014 14:06 ‧ 20/06/2014 por Notícias Ao Minuto

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Saúde

“O Ministério da Saúde pensa que pode resolver os problemas por decreto, sentado confortavelmente na sua secretária e que os médicos de família podem fazer tudo, como se o dia tivesse 36 horas”, atirou o bastonário da Ordem dos Médicos em reação à mais recente decisão da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Em causa está a informação avançada esta manhã pelo Diário de Notícias (DN) que dá conta da intensão do Governo em acabar com o número de vagas para as consultas nos centros de saúde, de modo a que os utentes deixem de ir para as unidades de atendimento de madrugada para conseguir uma consulta médica.

À Rádio Renascença, José Manuel Silva acusa o Governo de não saber o que está a fazer e descreve esta medida como “não exequível”, uma vez que o médico de família conta já com “uma lista de 1900 utentes, que já é acima daquilo que é possível gerir com qualidade para um único médico de família”.

“Não é só a obrigatoriedade de ver todos os doentes que apareçam, é a obrigatoriedade de fazer medicina do trabalho, é a obrigatoriedade de fazer medicina física e reabilitação… É o médico de família que faz tudo”, frisou o bastonário.

De acordo com a decisão da ERS, baseada numa análise realizada no ano passado, os centros de saúde passam a ser obrigados a atender, no próprio dia, todos os doentes urgentes que peçam uma consulta, sob a pena de uma multa até 45 mil euros.

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