Alegadamente terá participado num esquema de burla que lesou vários investidores em cerca de 40 milhões de euros. Porém, garante que hoje em dia só consegue sobreviver graças ao apoio pecuniário da sua mãe, bem como através da ajuda da sua companheira, que trabalha no ramo dos seguros. Falamos de Salvador Fezas Vital, ex-administrador do BPP, que está a ser julgado a propósito de um processo que corre paralelamente ao da falência daquela instituição bancária.
Fezas Vital foi ontem ouvido nas varas criminais de Lisboa, assegurando que pese embora tenha encargos mensais na ordem dos 2 mil euros, não dispõe de qualquer fonte de rendimento desde que foi suspenso pelo Banco de Portugal, em julho de 2009.
O antigo responsável do BPP é acusado, em coautoria com João Rendeiro e com um outro administrador, Paulo Guichard, de, ter criado a ‘Privado Financeiros’, veículo financeiro alocado àquele banco, para, em 2008, persuadir investidores a apostarem em ações do BPP, sendo que os títulos viriam a desvalorizar de tal forma que os prejuízos de 100 clientes acabariam por ascender a quase 41 milhões de euros.
Também Rendeiro será ouvido em tribunal no âmbito deste processo, que teve início a 12 de fevereiro deste ano, estando a sessão marcada para o próximo dia 2 de setembro.