A edição desta segunda-feira do Diário de Notícias (DN) dá conta de um projeto-piloto do Ministério da Saúde, que vai arrancar no Centro Hospitalar do Alto Ave, em Guimarães, e que visa fornecer ao Fisco informações sobre dívidas no pagamento de taxas moderadoras e, consequentemente, iniciar a cobrança coerciva, tal como já acontece com as portagens.
Mas, em declarações à Rádio Renascença, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, avisa que não há recursos humanos para tal.
“Temos uma falta de recursos humanos tremenda. Arriscamo-nos a não ter serviços abertos em setembro por rutura de pessoal”, revela o sindicalista, que contesta ainda o facto de o Governo estar a “transformar a Autoridade Tributária e Aduaneira numa máquina coerciva ao serviço de privados, e a baixo custo”.
Saliente-se que, a intenção do ministério tutelado por Paulo Macedo é de alargar a medida a todo o país até ao final deste ano, revela uma fonte dos serviços partilhados da Saúde à Renascença.
Além da cobrança coerciva das portagens, das taxas moderadoras, o Governo prepara-se também para avançar com a mesma prática no setor dos transportes públicos, mais concretamente na cobrança dos títulos em dívida.