São dezenas os funcionários que já recusaram o posto de trabalho

A reforma do Mapa Judiciário promovida pela ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, que entra em vigor daqui a 12 dias, está a ser fortemente contestada. É um facto. Neste sentido, segundo escreve esta quarta-feira o Diário Económico, há dezenas de funcionários que já recusaram o posto de trabalho que lhes foi atribuído, por considerarem injusto o local de trabalho para onde terão de se mudar.

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Notícias Ao Minuto
20/08/2014 10:20 ‧ 20/08/2014 por Notícias Ao Minuto

País

Mapa Judiciário

Escrivães ou secretários judiciais. Às dezenas. São os ‘clientes’ mais recorrentes dos telefones do Sindicato dos Funcionários Judiciais nos últimos dias. Em causa está a reforma do Mapa Judiciário e, consequentemente, os locais de trabalho propostos. Muitos estão descontentes e já há dezenas que recusaram o tribunal que lhes foi atribuído. A 12 dias de entrar em 'campo', a reforma promovida pela ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz promete continuar a causar polémica e caos.

“Entendem que foram prejudicados face a outros colegas. Mas isto já se esperava que acontecesse, o que não se esperava era que a lista só fosse divulgada agora. Se fosse em maio, teria havido tempo para resolver estas reclamações. As listas dos magistrados foram publicadas nesse mês”, explica, em declarações ao Económico, Fernando Jorge, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).

Para este responsável o processo vai continuar a “dar confusão” até porque “o telefone no sindicato toca de dois em dois minutos”, elucida. A Direção Geral de Administração da Justiça confirmou à mesma publicação que “algumas dezenas de oficiais de justiça reclamaram”, porém acrescentam “a decisão [sobre os seus casos] será do conhecimento dos interessados antes do final do mês de agosto” – a reorganização dos tribunais entra em vigor a 1 de setembro.

Em causa, para os trabalhadores judiciais, estão alegadas irregularidades na aplicação de critérios para atribuição do local de trabalho, sendo que para a escolha para as posições atribuídas pelo ministério foram tidas em conta a antiguidade, as afinidades em termos de serviço e a classificação do trabalhador.

“Há, por exemplo, funcionários que vão passar de Leiria para Alvaiázere, são mais 150 quilómetros por dia sem haver transportes. Não sei como vão resolver”, realça presidente do SFJ.

Relembre-se que as atuais 239 comarcas existentes serão reduzidas a 23, havendo sete mil funcionários atribuídos aos tribunais e, segundo explica o Económico, vários destes na lista de afetação passam a fazer mais 20 a 50 quilómetros para ocuparem o seu novo posto de trabalho. 

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