Os agrupamentos de escolas pedem ao Ministério das Finanças que aprove as rescisões de professores até dia 12 de setembro, alertando que os verdadeiros prejudicados serão os alunos.
A portaria que regula as rescisões definia 1 de setembro como data da desvinculação dos docentes, mas a inexistência de resposta do Governo vai obrigar as escolas a darem horários a professores que a qualquer momento podem ir embora.
“Se o Governo anunciar as rescisões até dia 12 de setembro, quando começa o ano letivo, não é o ideal mas ainda vamos a tempo de não prejudicar muito os alunos”, disse o vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima ao Diário Económico.
Em causa estão mais de 3.600 pedidos de rescisão de docentes que estão na mesa do secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins. Os professores que pediram a rescisão estão a ficar preocupados, até porque alguns esperam pela resposta para saberem qual o próximo passo a dar.
Com este atraso, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) deu ordem às escolas para começarem a atribuir os horários a estes professores que pediram a rescisão. “Os professores saem e teremos de contratar outros, quem vai sair prejudicado com isto são os alunos”, acrescentou Filinto Lima.