O escândalo rebentou em Espanha mas já há casos reportados em Portugal. Algumas rações para cães e gatos têm, na sua génese, restos de outros animais doentes.
Conta a edição de hoje do jornal i que tanto as autoridades espanholas como as portuguesas sinalizaram múltiplos casos de más práticas a nível da transformação alimentar na Península Ibérica.
No país vizinho, mais concretamente na cidade de Sevilha, uma investigação levou à descoberta de que, alegadamente, a empresa Dasy, do Grupo PGG, faria uso de cães e cavalos mortos, bem como de outros animais doentes, no âmbito do fabrico de farinhas para alimentar não só animais domésticos como vacas, porcos e galinhas.
Ora, estes últimos são parte integrante da dieta mediterrânica, pelo que se observa o risco da introdução de doenças na cadeia alimentar dos seres humanos.
De acordo com fontes do setor contactadas pelo i, este perigo não está circunscrito ao território espanhol, uma vez que os subprodutos alimentares circulam livremente na Península Ibérica.
Saliente-se que em Portugal, só nos últimos meses, a ASAE já instaurou 20 processos contraordenacionais a operadores deste ramo, sendo que “no âmbito destas ações foram também instaurados três processos-crime por fraude de mercadorias”, adianta uma fonte oficial.