PGR "contente" com acórdão relativo a Face Oculta

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, manifestou-se hoje "contente" com o acórdão relativo ao processo "Face Oculta", porque confirma a "boa investigação" do Ministério Público (MP), que viu reconhecido "aquilo pelo qual tinha lutado".

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Lusa
05/09/2014 16:51 ‧ 05/09/2014 por Lusa

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Marques Vidal

"Fico, obviamente, contente por este acórdão, mas também fico contente por todos os acórdãos que, por esse país fora, vão dando a sua conformação àquilo que tinha sido a acusação do MP", disse.

Segundo Joana Marques Vidal, com a decisão do Tribunal Judicial de Aveiro, o MP viu reconhecido "aquilo pelo qual tinha lutado, de acordo com o que estava no processo".

"Nós não temos vitórias ou derrotas, nós temos decisões que podem confirmar que foi efetuado um bom trabalho e penso que, nesse aspeto, o MP hoje pode estar contente", acrescentou.

A procuradora-geral da República salientou que o acórdão "veio confirmar que houve uma boa investigação, uma boa capacidade de articulação entre as polícias e, especialmente, entre a Polícia Judiciária e o MP".

E a decisão prova que "houve uma boa capacidade também de, no âmbito dos julgamentos, apresentarem as provas e os elementos que tinham recolhido durante a investigação", enfatizou.

Joana Marques Vidal falava aos jornalistas em Évora, após conferir posse ao novo procurador-geral Distrital de Évora, Alcides Manuel Rodrigues.

O processo "Face Oculta", cuja leitura do acórdão foi realizada hoje, está relacionado com uma suposta rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial de Manuel Godinho, nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.

Envolveu 36 arguidos - 34 pessoas e duas empresas - que responderam por centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influência. Todos foram hoje condenados.

O sucateiro Manuel Godinho, principal arguido no processo, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, Armando Vara e José Penedos foram condenados a cinco anos prisão efetiva e Paulo Penedos, a quatro anos de prisão efetiva.

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