Conta o Jornal de Notícias que Maria Margarida, uma empresária do Porto que nas últimas duas décadas terá burlado maridos, namorados, o Estado e até a União Europeia, pode escapar à cadeia.

Condenada inicialmente a uma pena de 20 anos, que depois foi reduzida para 10, a mulher acusada de burlas terá visto a sua pena ser reduzida para seis anos. A razão? Três dos crimes de que é acusada terão sido declarados prescritos. O facto de a pena ser menor e de ter estado em prisão preventiva poderão permitir-lhe pedir a liberdade condicional.

Com 52 anos, Maria foi considerada o cérebro de um esquema que consistia na criação de empresas ‘fantasma’ pelas quais recebia apoios do Estado e de Bruxelas. Conta o mesmo jornal que, à semelhança de outras sessões, voltou a não comparecer em tribunal, o que lhe valeu uma multa de 204 euros, já que não apresentou justificação.

Além de enganar Estado e União Europeia, passava-se também por figura da alta sociedade, envolvendo-se com homens endinheirados.

Maria vive ainda na mesma moradia em Matosinhos, avaliada em 400 mil euros e paga, na totalidade, por um ex-namorado. Ainda pode pedir recurso pela pena de seis anos, em cúmulo jurídico, a que foi condenada.