“Preferia ir para o fundo de desemprego do que ser governante de Portugal”. A Afirmação é de Miguel Sousa Tavares que em entrevista à Notícias TV, refere que “os bons [políticos] foram-se afastando da política porque sabem que é um trabalho mal pago, mal compensado e altamente perigoso”.
“Os políticos em Portugal são muito mal pagos. Não têm fins de semana, não têm férias, não têm vida privada, ganham muito menos na vida pública do que na privada, são constantemente enxovalhados”, refere o escritor, lembrando que “a maledicência sem critério é uma prática generalizada em Portugal” pelos que os políticos dificilmente conseguem “cativar” os portugueses.
Por este motivo, considera que “governar os portugueses deve ser a pior tarefa que alguém pode ter” e que é por isso que as pessoas sérias se foram afastando desta área.
Miguel Sousa Tavares revela, ainda, que recusou por duas ou três vezes ser deputado pois considera que não tem o “mínimo perfil, a mínima paciência”, embora não se importasse de ser ministro do Ambiente por seis meses. “Acho que não chegava ao fim do meu mandato de seis meses […] davam-me um tiro antes”.