As conversas no Facebook estão na mira das autoridades, que mostram tolerância zero para com acusações feitas na rede social. De acordo com o jornal i, pelo menos cinco militares da GNR já foram alvo de processos disciplinares.
Um primeiro caso, apurado pela mesma publicação, faz referência a uma conversa publicada no grupo ‘Colegas GNR’ onde se falava sobre um militar julgado por dormir em serviço. Dessa conversa, quatro militares foram processados depois um oficial, supostamente visado pelos comentários, ter feito queixa ao comandante-geral da Guarda.
No processo são acusados de violar o “dever de correção” do Regulamento Disciplinar da GNR, sendo que um dos militares viu mesmo o seu processo avançar para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, por existirem “indícios de crime de insubordinação por ameaças ou outras ofensas”.
Um outro caso, diz respeito a uma militar de um comando territorial do Norte, que responde a duas acusações: uma publicação onde criticou o comandante por repreender uma colega que estava fardada com uma caneta no bolso e outra onde mostrou uma fotografia de uma boina da GNR acabada de comprar, dizendo na legenda que o comandante a teria ameaçado e proibido de exibir publicamente a peça antes de a pagar.
Uma denúncia anónima fez com o que oficial participasse da militar, queixando-se de se ver “atingido no seu bom nome e caracter”, uma vez que a conversa entre os dois não terá envolvido ameaças ou referências ao pagamento da boina.