"Mais um ano, mais um Dia Mundial do Professor [05 de outubro] e uma vez mais ainda não é este ano que assistimos à verdadeira e efetiva normalidade no arranque do ano letivo, para enorme prejuízo de alunos, professores, diretores e pais e encarregados de educação", afirma a direção da ANPC, numa nota enviada no domingo à comunicação social.
Os professores contratados recordam que passaram já três semanas após o arranque oficial das aulas e que "ainda existem centenas de escolas sem professores e milhares de alunos sem aulas", o que indicia, admitem, "a permanência do caos" na próxima semana.
A associação liderada por César Israel Paulo alerta que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) ainda não tornou públicas as listas de colocação da primeira bolsa de contratação (de dia 12 de setembro), nem as retificativas (da passada sexta-feira, dia 03), "o que deixa no ar uma nebulosa quanto à efetiva correção dos erros grosseiros detetados".
Perante o arranque do ano letivo 2013/2014, a ANPC considera que "o caos permanece o mesmo, mas a discricionariedade e arbitrariedade das decisões do MEC parecem padecer de uma reinvenção criativa sem limites".
Na sexta-feira, vários agrupamentos de escolas receberam orientações do Ministério da Educação para anularem as colocações de professores do concurso da bolsa de contratação, cujos resultados foram conhecidos a 12 de setembro.
Estas orientações foram dadas horas antes do anúncio de divulgação das novas listas, que substituem as anteriores, nas quais foram detetados erros, que levaram à demissão do antigo diretor-geral da Administração Escolar.