Com um mês de aulas que já passou e muitos alunos sem professores a várias disciplinas, existem agrupamentos escolares que já estão a procurar soluções para fazer frente a esta falha. Cortar na matéria escolar e tentar eliminar conteúdos que não sejam essenciais é uma das opções, que já foi adotada, por exemplo, no Agrupamento Dr. Azevedo Neves, na Amadora.
Neste estabelecimento de ensino, reporta o Diário de Notícias, o conselho pedagógico já foi convocado para que os professores decidam que matéria é essencial e que matéria pode ficar de fora, pois, afirma o diretor José Biscaia, não pode esperar-se “por uma solução do ministério”. Além disso, e embora haja a alternativa das aulas de compensação, o diretor lembra que nem sempre será possível os alunos estarem presentes em todas as aulas de compensação por já terem outras atividades de ensino paralelas.
Outros agrupamentos estão a ponderar a mesma situação, considerando-a plausível, mas nem todos partilham da mesma opinião. O diretor do Agrupamento de Cinfães e da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, diz não estar “disponível para cortar e prejudicar um aluno por causa desta confusão toda”.
Facto é que a situação só deverá estar resolvida daqui a três semanas. Por este motivo, não são só os docentes se mostram preocupados, como também pais e encarregados de educação procuram soluções. Para estes, tendo em conta o atraso no calendário escolar, também os exames de fim de ano deveriam ser adiados para poder haver consolidação da matéria. Esta proposta será entregue no Ministério da Educação.